sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Trilogia Progressiva 2: Não foram os únicos, mas foram os discos!

Dark Side of the Moon (1973) – Pink Floyd

 

Selling England by the Pound (1973) – Genesis

 

Close to the Edge (1972) - Yes

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Trilogia Progressiva 1: Não foram os únicos, mas foram os caras!

Genesis – Phil Collins, Mike Rutherford, Tony Banks, Peter Gabriel e Steve Hackett

 

Yes – Chris Squire, Steve Howe, Tony Kaye, Bill Bruford e Jon Anderson

 

 

Pink Floyd – Nick Mason, David Gilmour, Roger Waters e Richard Wright (in memoriam)

PS: Não podemos esquecer dos fantásticos Rick Wakeman (Yes) e Syd Barret (Pink Floyd) (in memorian)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Carl Sagan (1934-1996)

Segunda-feira, mais precisamente ontem: Após sair do trabalho, dia de rodízio, uma chuva monstruosa em Sampa e um trânsito absurdo eu e quatro amigos (outro químico, um físico, um historiador e um filósofo!) fomos a um bar perto do trabalho: um happy-hour forçado! Num determinado momento nossa conversa se voltou para a História das Ciências, tema interessantíssimo e cheio de curiosidades. Lembramos de Carl Sagan: astrônomo, ex-consultor da NASA, criador da série Cosmos (quem viu não esquece!) e uma das pessoas que mais dedicou a vida a divulgação científica.  Leia seus livros!

O vídeo abaixo contém um texto de Sagan narrado por ele mesmo. Impossível assitir e ficar indiferente a sua mensagem. Eu resumiria o texto em uma palavra: Humildade. E você?

Nós estamos aqui: Pálido Ponto Azul – Carl Sagan

PS: Talvez agora você entenda o real motivo dessas figuras astronônicas à direita do Blog. Ao olhar para elas diariamente me lembro de onde estou, e principalmente, quem realmente eu sou!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Putumayo World Music

No início da década de 90, o empresário Dan Storper visitou uma loja em Los Angeles e ficou horrorizado com a qualidade da música ambiente colocada pelo vendedor. Bom, até aí nada de anormal, afinal alguns de nós já sofremos “violências sonoras” como essa, seja em bares, restaurantes, magazines, ou mesmo em casa (lembrou daquele vizinho, né?).

A diferença é que Dan era o dono da franquia e portanto resolveu ele mesmo ser responsável pela música ambiente de suas lojas. Muitas pessoas acabaram se interessando mais pela música e em comprar o “Cd da loja” do que pelas roupas. Então Storper resolveu criar o selo Putumayo, dedicado  principalmente a regiões específicas do mundo. Também tem a Putumayo Kids, de excelente qualidade. São compilações muito boas. Alguns exemplos de álbuns lançados pela Putumayo:

  • Blues Lounge
  • A New Groove
  • Café Cubano
  • Latin Jazz
  • Celtic Tides
  • Women of Jazz
  • Brazilian Playground

Já ouvi várias dessas compilações. Recomendo todas, inclusive as infantis.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Baden Powell (1937-2000)

Me arrependo profundamente de nunca ter assistido a um show  deste que foi um dos maiores violonistas de todos os tempos. Dono de uma técnica invejável e de um bom gosto refinadíssimo Baden foi dos compositores mais expressivos de nossa música brasileira. Caminhando com naturalidade entre o erudito e o popular, com uma grande influência da música afro-brasileira, os discos de Baden são surpreendentes.

Baden teve seu primeiro contato com o violão aos 8 anos de idade (presente de uma tia). Trabalhou como músico de orquestra na Radio Nacional. Tocando na noite em Copacabana, conheceu um rapaz chamado Antônio Carlos Jobim. Na década de 60, Vinícius de Moraes foi assistir a um show de Powell:

“O Vinicius chegou me mostrando uma letra que ele disse ter feito para a toccata 147 de Bach, Jesus Alegria dos Homens, e cantarolou: - Entre as prendas com que a natureza… Aí eu pensei que ele era maluco, hahaha!” – Baden Powell

Em 1969, Banden vence a I Bienal do Samba  com a música “Lapinha”, composta em conjunto com Paulo Cesar Pinheiro. Por sinal essa parceria rendeu grandes composições para a nossa MPB. Baden gravou mais de 70 discos e recebeu diversos prêmios por sua obra.

Um fato interessante: O filho de Baden (Philippe Baden Powell) é outro ótimo violonista (esse eu já vi tocando ao vivo!). Philippe conta que encontrou um vinil (não sabe o que é, pergunta pro papai ou pra mamãe!) com uma dedicatória de Elis Regina para Baden. A dedicatória dizia: “Badeco, por tudo que eu não saberia dizer”.

Ah, sabe qual era o vinil? “Sketches of Spain” de Miles Davis. Uau!

 

Baden Powell ao vivo em Paris – Ei, fecha a boca!! :-D

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Tommy Bolin, Deep Purple e o Jazz

Thomas Richard Bolin (foto) nasceu em 1951 em Iowa (USA) e faleceu tragicamente vítima de overdose em 1976. Um ano antes de falecer, Tommy gravou com o grupo Deep Purple o fantástico álbum "Come Taste The Band". Ao lado de David Coverdale, Glenn Hughes (um dos melhores vocalistas de rock!), Jon Lord e Ian Paice, Tommy fecha um ciclo de mudança na sonoridade do Purple (iniciada no álbum "Burn", de 1974): um Rock com groove e muito mais "swing". Particularmente, eu gosto muito da dupla Hughes-Coverdale dividindo os vocais do Purple. Uma sugestão: ouça os discos "Made in Japan" (fase Ian Gillan) e "Made in Europe" (fase Coverdale-Hughes) e você provará duas obras primas com duas formações geniosas!
A grande contribuição de Tommy para a música mundial foi sua participação em 1973 no álbum "Spectrum" do grande mestre das baquetas Billy Cobham (que tocou com Miles Davis e John McLaughlin!). "Spectrum" se tornou um marco da história do Jazz-Rock, também conhecido por Fusion. Se você gostaria de introduzir algum roqueiro fanático no universo do Jazz, indico este álbum como um bom início.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Um dos momentos mais lindos da história do cinema…

Acho que não preciso dizer muita coisa sobre este maravilhoso filme: “Buth Cassidy and Sundance Kid” (1969). Assista! Reveja! Se emocione! Paul Newman (falecido recentemente), Robert Redford, Katharine Ross, entre outros grandes atores. A música, composta por B.J. Thomas, é um grande clássico: Raindrops keep falling on my head…
PS: O Ministério da Saúde adverte: assistir ao vídeo abaixo pode causar grande emoção! :-D
Paul Newman e Katharine Ross em um momento mágico!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A Cidade dos Motores

A partir de um empréstimo de US 800,00, foi fundada há 50 anos (12/01/1959) a gravadora Motown (contração de "Motor" e "Town"). Nomes como Michael Jackson, Jackson 5 (foto), Stevie Wonder, Marvin Gaye, The Temptations, Lionel Richie, Diana Ross, The Commodores e The Miracles fazem parte dessa história. Todos os estilos da black music americana foram representados pela gravadora, em especial o soul e o funk (o legítimo!!!!).
Entre 1962 e 1971, 240 músicas que atingiram o topo das paradas norte-americanas foram assinadas pela Motown.

Suponho que você já ouviu, dançou, namorou, bateu o pezinho, balançou a cabeça, cantou ou tentou cantar alguns dos sucessos abaixo:
ABC (Jackson 5)
I Heart I Through The Grapevine (Marvin Gaye)
Just My Imagination (The Temptations)
I'll be There (Jackson 5)
Superstition (Stevie Wonder)
You are the Sunshine of My Life (Stevie Wonder)
What's going on (Marvin Gaye)
Papa was a Rollin´ Stone (The Temptations)
My Girl (The Temptations)

Não?!?... Tá esperando o que então? Viva o groove!!!

Athlete - agradável surpresa!

No segundo semestre de 2005 eu estava, para variar, fuçando os Cds em promoção na loja Carrefour (já encontrei raridades a preços incríveis nesta loja: por exemplo, um cd da Astrud Gilberto por R$3,99!!!!!!). Em meio a álbuns de artistas de diversos estilos encontrei uma novidade: o álbum "Vehicles and Animals" da banda Athlete. Você nunca ouviu falar? Acredite, eu também nem tinha idéia de que tipo de som se tratava.

Tomado por um impulso eu acabei levando o disco (não me pergunte por que, não sei explicar!). Já me dei muito bem fazendo esse tipo de compra sem conhecer a banda. Por exemplo, foi assim que na minha adolescência conheci Uriah Heep! Um tiro no escuro que acertou na mosca! Comprei no Mappin da Praça Ramos de Azevedo, lembra? Mappin... venha pra gente, Mappin.... chegou a hora, Mappin... é a liquidação!!! :D

O Athlete toca um rock inglês que me agradou. Não há solos de guitarra mirabolantes, passagens complicadíssimas, acordes invertidos ou quebradeiras rítmicas... apenas rock! A banda lançou seu primeiro disco em 2002 e está na ativa. Que tal um pouco de sangue novo no cd player?

Athlete - Shake Those Windows (live)

PS: Também já me dei muito mal fazendo essas compras "no escuro", portanto tome cuidado!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Diana Krall - faz bem para o ouvido, coração e olhos.

Prometido para 31 de Março deste ano o lançamento do novo CD de Diana Krall - Quiet Nights. Com esse nome podemos supor algum Tom Jobim, afinal "Quiet Nights" é o nome da versão em inglês para "Corcovado": Um cantinho e um violão, este amor, uma canção pra fazer feliz a quem se ama....
Diana tem uma voz lindíssima (digna de grandes divas do Jazz!), toca piano e improvisa muito bem e, desculpe, mas eu preciso dizer... essa mulher é linda!! O marido de uma colega comentou uma vez: essa mulher deve ter bafo!!! Não é possível ser tão perfeita!!! :-D

Diana nasceu na Columbia Britânica (Canadá) em 1964. Começou a tocar piano aos 4 anos. Sua técnica chamou a atenção de nada mais nada menos do que Ray Brown (baixista) que a apresentou a diversos produtores e professores. Seu sucesso internacional começou após sua mudança para Nova York, em 1990. Diana já fez alguns shows pelo Brasil, inclusive uma apresentação gratuíta no parque Villa-Lobos. Quem foi saiu queimado pelo Sol, mas garanto que valeu a pena!
Uma observação: Por que algumas pessoas não conseguem se portar de maneira adequada em um show? O que seria isto? Respondo: respeitar o artista e o público!!! É muito desagradável você querer assistir a um artista estando algumas pessoas ao seu redor conversando alto, brincando, brigando (!?!), ou seja, atrapalhando. Não faz parte do show... Cada estilo musical tem uma particularidade (ainda bem!!). Tem espaço e lugar adequado para tudo e para todos.

Dentre os grandes músicos que já acompanharam Diana Krall gostaria de destacar o guitarrista Russel Malone (vale a pena conhecer seu trabalho solo) e o percussionista brasileiro Paulinho da Costa.

sábado, 10 de janeiro de 2009

O 14 BIS é nosso! Quem acredita sempre alcança...

Há cerca de 16 anos eu estava voltando para casa com um amigo e com meu violão quando um colega que acabara de comprar seu carro nos deu uma carona. Não me lembro agora o motivo, mas antes de ele nos deixar em casa fomos a um outro bairro próximo. No toca-fitas do Fusca azul tocava a música "Mais uma vez" do grande 14 Bis, música esta que atualmente tem muito significado para mim...

A gravação era do disco "14 Bis ao vivo", lançado em 1988. Era o último álbum com Flavio Venturini fazendo parte da banda. Na realidade, era praticamente o show de despedida de Flávio que partira para a carreira solo.
O disco é muito bom. 14 Bis é muito bom. No estúdio muitas vezes suas músicas podem soar simples ou até mesmo ingênuas, mas não se engane: a banda é formada por músicos fantásticos e suas composições não tem nada de simples. Ao vivo então é um show de técnica, vocal e bom gosto.


Cláudio Venturini (foto) é um ótimo guitarrista. Sérgio Magrão ao lado de Hely Rodrigues formam uma grande "cozinha". O tecladista Vermelho tem um blog interessante, onde conta sua experiência e também suas aventuras pelo rock progressivo. Ah, e sua paixão pelo Genesis, hehe.
E Flávio Venturini?... bom, o cara compôs o hino do rock progressivo nacional:"1974". Bom, mas isso merece um post especial...

Sugiro a audição deste álbum ao vivo e também das faixas intrumentais "As quatro estações de Vega" e "14 Bis instrumental I e II".

Mais uma vez - Flávio Venturini e Renato Russo

Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem

Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende

Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo

Quem acredita sempre alcança

Nunca deixe que lhe digam
Que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Nina, Martin, Paul, John, Ringo e George

Nina Simone (1933-2003) foi uma grande cantora, pianista e ativista da causa negra. Nina cantou no enterro do pacifista Martin Luther King, morto em 4 de Abril de 1968. Não bastasse isso para que ela tivesse minha admiração, essa mulher foi responsável por uma das mais lindas regravações e reinterpretações de uma música dos Beatles.
Os Beatles são quase uma unanimidade (eu sei que você se surpreendeu pelo "quase" mas acredite, eu conheci uma pessoa que não gosta dos Beatles, mas por questão de segurança manterei seu nome em sigilo absoluto, hehe!).



Resultado de imagem para beatles


Agora, imagine pegar uma música maravilhosa como "Here Comes The Sun" e transforma-la em algo ainda maior, fala a verdade... é para poucos...

Nina Simone: Here Comes the Sun

"Não permita que ninguém o faça descer tão baixo a ponto de sentir ódio" Martin Luther King

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Pereira da Viola

Suponho que poucos conheçam esse grande violeiro: José Rodrigues Pereira, nascido em 1962 no norte de Minas Gerais (eita trem bom!!) começou a tocar entre 1985 e 1986. Considero Pereira um dos melhores violeiros desse país.
A viola caipira tem um som mágico e combina perfeitamente com um violão. Duplas como Pena Branca & Xavantinho são ícones de nossa música regional, música essa recheada de beleza, sentimento e técnica... sim técnica.
Para começar a ouvir Pereira da Viola, sugiro a audição do disco "Viola Cósmica" (1998). Esse álbum conta com a participação de outros 4 violeiros importantes (Paulo Freire, Brás da Viola, Ivan Vilela e Roberto Corrêa) e da cantora Titane (ótima!).

Pereira da Viola - Bolero e Habanera

Viva o Povo Brasileiro (Rubiano do Vale, João Evangelista Rodrigues e Wesley Pioest)

Vem cá meus violeiros
Vem cá meus companheiros
Vamos cantar as cantigas
Do nosso cancioneiro

Somos todos cantadores
Somos todos sonhadores
A bandeira vai na frente
A gente segue a corrente

Rio novo transparente
Procissão de Reisero
Viva a reza desse povo
Viva o povo brasileiro

James Bond e Miles Davis

Imagine uma trilha sonora formada por muito Miles Davis, uma pitada de Bill Frisell e um tempero de Ornette Coleman... imaginou? Pronto, agora pense em um grande Drama que tenha nada mais nada menos do que o senhor Sean Connery como papel principal... pronto?
Há poucos dias assisti pela segunda vez "Finding Forrester" (2000). O filme é um de meus favoritos, não só pela trilha sonora mas pelo belo enredo. Sean Connery é William Forrester, um famoso escritor que há 40 anos ganhou um prêmio por um romance e, desde então, nunca mais se ouviu falar dele. Jamal Wallace (Rob Brown), um jovem negro de 16 anos que sonha em ser escritor, invade o apartamento de Forrester e acidentalmente esquece seus textos no local. Bom, o resto é contigo...


terça-feira, 6 de janeiro de 2009

The Big Medley...

O Genesis é o campeão dos Medleys. Também não é para menos: tantas músicas boas recheadas de passagens instrumentais lindas e trabalhadas acabam servindo de bagagem para uma grande variedade de combinações. Com a saída, infelizmente, de Peter Gabriel dos vocais os shows da banda se tornaram muito mais encorpados, instrumentalmente falando. A presença de duas baterias foi fundamental para isso.
Dentre os Medleys sugiro o que está no disco "Three Sides Live" (1982). A propósito, a versão inglesa deste álbum é fantástica.
O Medley começa com a fenomenal In the cage, depois um pedaço de Cinema Show (um solo de teclado lindo!), depois um pedacinho de Slippermen (outro solo animal de Tony Banks!) e finaliza com uma das músicas mais lindas que já ouvi: Afterglow (um show de interpretação de Phil Collins).

Afterglow (Tony Banks)

Like the dust that settles all around me,
I must find a new home.
The ways and holes that used to give me shelter,
Are all as one to me now.
But I, I would search everywhere
Just to hear your call,
And walk upon stranger roads than this one
In a world I used to know before.
I miss you more.

Than the sun reflecting off my pillow,
Bringing the warmth of new life.
And the sounds that echoed all around me,
I caught a glimpse of in the night.
But now, now I've lost everything,
I give to you my soul.
The meaning of all that I believed before
Escapes me in this world of none, no thing, no one.

And I would search everywhere
Just to hear your call,
And walk upon stranger roads than this one
In a world I used to know before.
For now I've lost everything,
I give to you my soul.
The meaning of all that I believed before
Escapes me in this world of none,
I miss you more.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Quem tem consciência para ter coragem...

Estou neste momento ouvindo o primeiro Cd dos Secos e Molhados (1973).  Uma das obras de artes de nossa MPB, além de ter muitos elementos progressivos. Uma amiga da graduação (que por sinal, me mostrou muita música interessante) me disse uma vez que para ela era "Fred Mercury no Céu e Ney Matogrosso na Terra".
O disco é muito bom, eu particularmente gosto de todas as faixas. Tem umas linhas de baixo muito boas, flauta, uma batera legal, e é óbvio, tem o grande Ney Matogrosso cantando. Quem já assistiu a um show dele sabe o que estou falando. O cara é único. Considero o Ney aquele vocalista que toda a banda gostaria de ter. Se você não conhece Secos e Molhados e/ou tem algum tipo de preconceito com relação ao Ney Matogrosso, por favor, não saia dessa vida sem conhecer esse primeiro disco da banda.

Enquanto vivemos um momento maluco tanto na Economia quanto na região de Gaza, a letra de Rosa de Hiroshima (do grande poeta Vinícius de Moraes) musicada pelos Secos e Molhados ecoa na minha cabeça... acho que muita gente se esqueceu da Rosa...

Rosa de Hiroshima (Vinícius de Moraes)

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada

Stevie Wonder - Harmônica e Soul

A maioria das pessoas associa o senhor Steveland Judkins Hardaway, nascido em Michigan no ano de 1950, a um grande astro da música Pop. Sim, ele é! Mas antes disso é bom saber que:
1. O cara começou sua carreira com pouco mais de 10 anos de idade utilizando o pseudônimo de Little Stevie Wonder.
2. Stevie é um exímio gaitista, principalmente com a gaita cromática (a grandona, utiilizada por músicos de Jazz). Bom, vamos nomear direitinho: gaita é o nome antigo, o correto é Harmônica, mais precisamente Harmônica de Boca. A gaita menor, utilizada por músicos de Blues é a chamada gaita diatônica.
3. Ele tem álbuns no início de sua carreira (década de 60) fazendo muita música instrumental de qualidade, principalmente Jazz, utilizando sua harmônica, e é lógico, seu piano.
4. Seus albuns dá década de 70 pela gravadora Motown (especializada em Soul e Funk) são excelentes. Muito swing e groove.
5. Meu ex-professor de gaita (Sérgio Duarte) considerava Wonder o "rei do pizzicato". Mesmo essa técnica sendo atribuída a forma de "beliscar" as cordas de um instrumento, acho que dá para compreender o que isso significaria na cromática.

Bom, depois de tudo isso ele pode ser Pop. Precisa provar mais o que?


sábado, 3 de janeiro de 2009

Adoniran e Elis Regina

Bom, Elis Regina para mim é tudo de bom! As suas interpretações, sua voz e até aquele sorriso "gengivinha" eram únicos. Acabei de receber esse vídeo de uma colega e gostaria de compartilhar com vocês. A grande voz e o grande Adoniram estremecendo o bar da Carmela, no Bexiga (este bar ainda existe?)! Parece que a música foi composta para a noiva do Adoniran, que morrera atropelada em plena Avenida São João. Fala a verdade: boa música é atemporal!!
Iracema - Elis Regina e Adoniran Barbosa

Aikido

Além da música, tenho o Aikido como outra grande paixão. Como uma vez ouvi de uma colega antes de um treino: "aqui dentro, o mundo é perfeito". Concordo!

"Cada mestre, não importa em que época ou local, ouviu o chamado e atingiu a harmonia com o Céu e a Terra. Hà muitas sendas que levam até o topo do monte Fuji, mas lá só existe um ponto culminante - o Amor."

"Quando te preocupas com o "bom" e o "mau" dos teus companheiros, crias uma abertura no teu coração por onde o mal entrará. Testar, competir e criticar os outros enfraquece e te derrota."

Morihei Ueshiba (1883-1969) - o Fundador do Aikido

Wilson Simonal (1939-2000)

Eu particularmente acredito que foi uma grande injustiça o que fizeram com este senhor. Atualmente a maioria das notícias e opiniões vão ao encontro da sua inocência com relação a acusação de ser um "dedo-duro" durante o regime militar. Independente disso, o que importa é: O cara foi um grande cantor, showman e colaborou em muito para divulgar o nosso "swingue". Cantei durante dois anos no coral-USP e posso dizer que a apresentação que fizemos no Parque do Ibirapuera em SP cantando "Tributo a Martin Luther King" foi inesquecível. Sim, sou negro de cor...


Wilson Simonal canta Tributo a Martin Luther King acompanhado de Cesar Camargo Mariano, Sabá e Toninho Pinheiro (Som 3).

Jaco Pastorius (1951-1987)

Me emociono facilmente ouvindo uma música, assistindo a um show, ou mesmo olhando a capa de um disco... mas poucos músicos me fazem sentir um nó na garganta como o grande mestre Pastorius... Lembro do dia em que um amigo me contou sobre a morte de Jaco. Eu pensei: "Putz, por isso o cara sempre aparece novo na capa de seus discos". :-(

"My name is John Francis Pastorius III, and I'm the greatest electric bass player in the world" - Jaco

Jaco Pastorius-"The Chicken"

Pink Floyd e Mutantes

O que há de comum entre o Pink Floyd (a partir de agora PF) e os Mutantes? Talvez você pense em alguma música, alguma letra, ou o óbvio: o estilo musical...

O último DVD de David Gilmour (também lançado com 2 Cds) "Live in Gdank" contém muita coisa boa... por sinal é fantástico ouvir os bends precisos de Gilmour, seu feeling, a versão ao vivo de Echoes... bom, mas também tem a participação especial de um grande músico do cenário progressivo: Phil Manzanera (Roxy Music, Quiet Sun).

Ah propósito, é emocionante ver como David Gilmour também aplica seu feeling tocando saxofone na música "The Blue".

Phil Manzanera (que compôs "One Slip" junto com Gilmour para o álbum do PF "A Momentary Lapse of Reason" (1987) ) trabalhou com um dos maiores guitarristas desse país chamado Sérgio Dias (Mutantes). O resultado? Um disco muito bom chamado "Mato Grosso" (1990).

O que? Ah... você ficou um pouco mais patriota... compreendo

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Genesis...

Possivelmente ainda escreverei muito sobre essa banda... história, curiosidades, letras, álbuns, música... mas vou tentar começar do início... :-O mas não do início do Genesis como banda, mas no início do Genesis para mim...

eu ainda era uma criança e usava chupeta (pois é... :-P) mas me lembro de um show que passou na TV... algo me despertou a atenção... um baterista que cantava... engraçado, afinal, não me passava pela cabeça ser músico, ou tocar um instrumento... mas eu achei interessante... bom, algo me chamou a atenção naquela banda, e lembro muito bem do tal baterista careca-cantor. Não sabia seu nome, e muito menos o nome da banda, mas me interessei por aquilo.... Assisti ao show inteiro... e fui dormir. Hoje sei que o show que assisti fazia parte da "Mama Tour". Eu não poderia imaginar as grandes surpresas que aquela "massa sonora" ainda iria me causar...

Biko - Peter Gabriel

September '77
Port Elizabeth weather fine
It was business as usual
In police room 619
Oh Biko, Biko, because Biko
Oh Biko, Biko, because Biko
Yihla Moja, Yihla Moja
-The man is dead

When I try to sleep at night
I can only dream in red
The outside world is black and white
With only one colour dead
Oh Biko, Biko, because Biko
Oh Biko, Biko, because Biko
Yihla Moja, Yihla Moja
-The man is dead

You can blow out a candle
But you can't blow out a fire
Once the flames begin to catch
The wind will blow it higher
Oh Biko, Biko, because Biko
Yihla Moja, Yihla Moja
-The man is dead

And the eyes of the world are
watching now
watching now

Começando 2009

Decidi muitas coisas. E para variar, dificilmente conseguirei concluir todas. Mas agora sei o que preciso: Foco. Interessante... Focus.... Hocus Pocus... talvez seja isso... o que falta....

No último dia do ano ouvindo Marillion... Fish... engraçado... mesmo sabendo que ele é uma cópia do Peter Gabriel (a partir de agora PG) e que a banda não toca um cabelionésimo do que o Genesis tocava, eu gosto do som.... Tentei hoje ouvir algo com o Steve Hogarth, mas é difícil... reamente o cara não me agrada muito...

E hoje, ou melhor ontem, ouvi o grandioso PG. Em um show do ELP (1998) um cara disse: "Peter Gabriel é Deus". Óbvio que ele não é Deus... Deus é único.... mas que PG foi abençoado isso ele foi.. que som... que som....

Ouvir Humdrum e não se emocionar.... acho difícil.
E a Biko... nossa, que coisa... simples, linda... e dá o recado... e que recado!!!