quinta-feira, 31 de maio de 2012
The Sick Rose – William Blake
A Rosa Doente Tradução: Paulo Vizioli
Oh rosa, estás doente!
O verme que se aventa
Invisível à noite
Nos uivos da tormenta
Encontrar o teu leito
De prazer carmesim;
E seu escuro amor secreto
À tua vida põe fim.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Por toda minha vida
Minha bem amada
Quero fazer de um juramento uma canção
Eu prometo, por toda a minha vida
Ser somente teu e amar-te como nunca
Ninguém jamais amou, ninguém
Minha bem amada
Estrela pura, aparecida
Eu te amo e te proclamo
O meu amor, o meu amor
Maior que tudo quanto existe
Tom Jobim
terça-feira, 29 de maio de 2012
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Vivência
Sim, existe vida inteligente na Terra!
Mike Stern: guitarra
Elizabeth Kontomanou: voz
Philip Hamilton: voz
Bob Francheschini: sax
Jon Herington: guitarra rítmica
Lincoln Goines: baixo
Jim Beard: teclados
Vinnie Colaiuta: bateria
Arto Tucboyaciyan: percussão
Mike Stern – “Voices”
domingo, 27 de maio de 2012
sábado, 26 de maio de 2012
Annie é a rainha do prog! Que voz :-O
Annie é uma verdadeira deusa do rock! Essa banda me acompanhou em grandes momentos da minha adolescência. Fazer o quê se fui feliz, não é? ;-)
Renaissance – “Carpet of the Sun” ao vivo
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Verba volant, scripta manent
Nenhuma língua escapa àqueles que a utilizam
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Acrobata da dor
Gargalha, ri, num riso de tormenta, como um palhaço, que desengonçado, nervoso, ri, num riso absurdo, inflado de uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta, agita os guizos, e convulsionado salta, gavroche, salta clown, varado pelo estertor dessa agonia lenta ...
Pedem-se bis e um bis não se despreza! Vamos! retesa os músculos, retesa nessas macabras piruetas d'aço...
E embora caias sobre o chão, fremente, afogado em teu sangue estuoso e quente, ri! Coração, tristíssimo palhaço.
Cruz e Sousa
A Origem Do Mênstruo
De uma fábula inédita de Ovídio, achada
nas escavações de Pompéia e vertida
em latim vulgar por Simão de Nuntua.
Stava Vênus gentil junto da fonte
fazendo o seu pentelho,
com todo o jeito, pra que não ferisse
das cricas o aparelho.
Tinha que dar o cu naquela noite
ao grande pai Anquises,
o qual, com ela, se não mente a fama,
passou dias felizes...
Rapava bem o cu, pois resolvia
na mente altas idéias:
- ia gerar naquela heróica foda
o grande e pio Enéias.
Mas a navalha tinha o fio rombo,
e a deusa, que gemia,
arrancava os pentelhos e, peidando,
caretas mil fazia!
Nesse entretanto, a ninfa Galatéia,
acaso ali passava,
e vendo a deusa assim tão agachada,
julgou que ela cagava...
Essa ninfeta travessa e petulante
era de gênio mau,
e por pregar um susto à mãe do Amor
atira-lhe um calhau...
Vênus se assusta. A Branca mão mimosa
se agita alvoroçada,
e no cono lhe prega (oh! caso horrendo!)
tremenda navalhada.
Da nacarada cona, em sutil fio,
corre pupúrea veia,
e nobre sangue do divino cono
as águas purpurcia...
(É fama que quem bebe dessas águas
jamais perde a tensão
e é capaz de foder noites e dias,
até no cu de um cão!)
- "Ora porra" - gritou a deusa irada,
e nisso o rosto volta...
E a ninfa, que conter-se não podia,
uma risada solta.
A travessa menina mal pensava
que, com tal brincadeira,
ia ferir a mais mimosa parte
da deusa regateira...
- "Estou perdida!" - trêmula murmura
a pobre Galatéia,
vendo o sangue correr do rósco cono
da poderosa déia...
Mas era tarde! A Cípria, furibunda,
por um momento a encara,
e, após instantes, com severo acento,
nesse clamor dispara:
"Vê! Que fizeste, desastrada ninfa,
que crime cometeste!
Que castigo há no céu, que punir possa
um crime como este?!
Assim, por mais de um mês inutilizas
o vaso das delícias...
E em que hei de gastar das longas noites
as horas tão propícias?
Ai! Um mês sem foder! Que atroz suplício...
Em mísero abandono,
que é que há de fazer, por tanto tempo,
este faminto cono?...
Ó Adonis! Ó Júpiter potentes!
E tu, mavorte invito!
E tu, Aquiles! Acudi de pronto
da minha dor ao grito!
Este vaso gentil que eu tencionava
tornar bem fresco e limpo
para recreio e divinal regalo
dos deuses do Alto Olimpo.
Vede seu triste estado, ó! Que esta vida
em sangue já se esvai-me!
Ó Deus, se desejais ter foda certa
vingai-vos e vingai-me!
Ó ninfa, o teu cono sempre atormente
perpétuas comichões,
e não aches quem jamais nele queira
vazar os seus colhões...
Em negra podridão imundos vermes
roam-te sempre a crica
e à vista dela sinta-se banzeira
a mais valente pica!
De eterno esquentamento flagelada,
verta fétidos jorros,
que causem tédio e nojo a todo mundo,
até mesmo aos cachorros!"
Ouviu-lhe estas palavras piedosas
do Olimpo o Grão-Tonante,
que em pívia ao sacana do Cupido
comia nesse instante...
Comovido no íntimo do peito,
das lástimas que ouviu,
manda ao menino que, de pronto, acuda
à puta que o pariu...
Ei-lo que, pronto, tange o veloz carro
de concha alabastrina,
que quatro aladas porras vão tirando
na esfera cristalina
Cupido que as conhece e as rédeas bate
da rápida quadriga,
co'a voz ora as alenta, ora co'a ponta
das setas as fustiga.
Já desce aos bosques onde a mãe, aflita,
em mísera agonia,
com seu sangue divino o verde musgo
de púrpura tingia...
No carro a toma e num momento chega
à olímpica morada,
onde a turba dos deuses, reunida,
a espera consternada!
Já Mercúrio de emplastros se a aparelha
para a venérea chaga,
feliz porque naquele curativo
espera certa a paga...
Vulcano, vendo o estado da consorte,
mil pragas vomitou...
Marte arranca um suspiro que as abóbadas
celestes abalou...
Sorriu o furto a ciumenta Juno,
lembrando o antigo pleito,
e Palas, orgulhosa lá consigo,
resmoneou: - "Bem-feito!"
Coube a Apolo lavar dos roxos lírios
o sangue que escorria,
e de tesão terrível assaltado,
conter-se mal podia!
Mas, enquanto se faz o curativo,
em seus divinos braços,
Jove sustém a filha, acalentando-a
com beijos e com abraços.
Depois, subindo ao trono luminoso,
com carrancudo aspeto,
e erguendo a voz troante, fundamenta
e lavra este DECRETO:
-"Suspende, ó filha, os lamentos justos
por tão atroz delito,
que no tremendo Livro do Destino
de há muito estava escrito.
Desse ultraje feroz será vingado
o teu divino cono,
e as imprecações que fulminaste
agora sanciono.
Mas, inda é pouco: - a todas as mulheres
estenda-se o castigo
para expiar o crime que esta infame
ousou para contigo...
Para punir tão bárbaro atentado,
toda humana crica,
de hoje em diante, lá de tempo em tempo,
escorra sangue em bica...
E por memória eterna chore sempre
o cono da mulher,
com lágrimas de sangue, o caso infando,
enquanto mundo houver..."
Amém! Amém! com voz atroadora
os deuses todos urram!
E os ecos das olímpicas abóbadas,
Amém! Amém! Sussurram...
Bernardo Guimarães
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Há algum tempo isso não acontecia!
Falar de música me inspira, me traz boas lembranças, antigas sensações, me anima, enfim… é uma das coisas que mais amo fazer. Esse foi o motivo pelo qual esse blog começou e, se Deus quiser, será o motivo que vai acompanhar os muitos e muitos anos de “vida” deste espaço.
Verba volant, scripta manent
Nenhuma língua escapa àqueles que a utilizam
Quando se é um espectador, é melhor acreditar do que não!
terça-feira, 22 de maio de 2012
segunda-feira, 21 de maio de 2012
domingo, 20 de maio de 2012
sábado, 19 de maio de 2012
Bateristas que Cantam e Quebram Tudo!
Don Henley – Eagles
Phil Collins – Genesis
Don Brewer – Grand Funk Railroad
Franz Di Cioccio – Premiata Forneria Marconi
Serginho Herval – Roupa Nova
Gil Moore – Triumph
Peter Hoorelbeke – Rare Earth
Karen Carpenter – The Carpenters
quinta-feira, 17 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Filosofia
2. tendência para colocar e precisar os problemas onde tudo parece evidente, inserindo a questão no seio da realidade não problematizada e obrigando a que a mesma seja vista de um novo ângulo
3. atividade que constitui um conjunto de sistemas ou doutrinas estabelecidas (filosofia de Platão, filosofia de Hegel, filosofia de Kant, etc.)
4. figurado qualidade ou atitude do filósofo, no sentido em que se eleva acima das contingências e interesses do comum dos homens
5. figurado conjunto de princípios que orientam o comportamento ou a conduta
6. figurado sabedoria; razão;
filosofia barata pensamento que se baseia no senso comum
(Do gregophilosophía, «idem», pelo latimphilosophĭa-, «idem»)
O Patinho Feio (1843)
“[...] sentiu-se até satisfeito com as angústias e adversidades sofridas. Sentia agora a ventura, as maravilhas que o aguardavam. E os grandes cisnes nadaram ao redor dele, afagando-o com o bico.[...]”
Hans Christian Andersen
terça-feira, 15 de maio de 2012
domingo, 13 de maio de 2012
sábado, 12 de maio de 2012
Simplesmente JAZZ!
Um final de semana bem acompanhado ao som de Yellowjackets não é para qualquer um. :-D
YellowJackets – “The Homecoming”sexta-feira, 11 de maio de 2012
Músico, Historiador, Piloto de avião, ah sim.. e Vocalista do Iron Maiden!
“I throw myself into the sea
Release the wave,
Let it wash over me
To face the fear I once believed
The tears of the dragon for you and for me”
Bruce Dickson – “Tears of the Dragon” ao vivo em Sampa
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Na vida, pode ser sinônimo de covardia!
Atitude remete a Escolha
Escolha remete a Perda
Perda remete a Ganho
O Egberto Gismonti da década de 1980
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Anoitecer
É a hora em que o sino toca,
mas aqui não há sinos;
há somente buzinas,
sirenes roucas, apitos
aflitos, pungentes, trágicos,
uivando escuro segredo;
desta hora tenho medo
É a hora em que o pássaro volta,
mas de há muito não há pássaros;
só multidões compactas
escorrendo exaustas
como espesso óleo
que impregna o lajedo;
desta hora tenho medo.
É a hora do descanso,
mas o descanso vem tarde,
o corpo não pede sono,
depois de tanto rodar;
pede paz - morte - mergulho
no poço mais ermo e quedo;
desta hora tenho medo.
Hora de delicadeza,
gasalho, sombra, silêncio.
Haverá disso no mundo?
É antes a hora dos corvos,
bicando em mim, meu passado,
meu futuro, meu degredo;
desta hora, sim, tenho medo.
Carlos Drummond de Andrade (1945)
terça-feira, 8 de maio de 2012
Art Rock
Um dos mais belos clássicos do Rock. Steve Winwood fazia parte desta banda.
“Do anything take us out of this gloom”
Traffic – “Dear Mr. Fantasy”
segunda-feira, 7 de maio de 2012
XP-300
Um presente muito especial que ganhei do meu pai. Lembro direitinho do dia, do momento, de como ele me deu a notícia, de minha alegria… Saudades meu velho… :,-)
domingo, 6 de maio de 2012
Vá Cuidar da Sua Vida
Vá cuidar da sua vida
Diz o dito popular
Quem cuida da vida alheia
Da sua não pode cuidar
Crioulo cantando samba
Era coisa feia
Esse é negro é vagabundo
Joga ele na cadeia
Hoje o branco tá no samba
Quero ver como é que fica
Todo mundo bate palma
Quando ele toca cuíca
Vá cuidar...
Negro jogando pernada
Negro jogando rasteira
Todo mundo condenava
Uma simples brincadeira
E o negro deixou de tudo
Acreditou na besteira
Hoje só tem gente branca
Na escola de capoeira
Vá cuidar...
Negro falava de umbanda
Branco ficava cabreiro
Fica longe desse negro
Esse negro é feiticeiro
Hoje o preto vai à missa
E chega sempre primeiro
O branco vai pra macumba
Já é Babá de terreiro
Vá cuidar...
Itamar Assumpção
sábado, 5 de maio de 2012
Ensinamento
Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço pesado".
Arrumou pão e café , deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.
Adélia Prado
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Esse símbolo me lembra….
Meu pai
Senai
Adolescência
Trem
Diversão
Amigos que nunca mais vi
Amigos que se foram
O pão com vinagrete
A corrida para o almoço
A fundição
A ferramentaria
A operadora de eletroerosão
O cansaço
A luta
O primeiro microscópio eletrônico que vi na vida
O avental que usei no IQ-USP
O time de basquete da FII
A vontade de entrar na USP
O início…
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Consolo Na Praia
Vamos, não chores...
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o 'humour'?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
CDA
Se você já foi a um show do Plano B sabe que essa música não sai do nosso set-list
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Ai Que Saudade D’ocê
Não se admire se um dia
Um beija-flor invadir
A porta da tua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo
Que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo
Ai que saudade de ocê
Se um dia ocê se lembrar
Escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio
Com frases dizendo assim
Faz tempo que eu não te vejo
Quero matar meu desejo
Te mando um monte de beijo
Ai que saudade sem fim
E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando eu ia viajar
Você caía no choro
Eu chorando pela estrada
Mas o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é de ocê
Geraldo Azevedo