terça-feira, 28 de abril de 2015

Seguindo no Trem Azul

Confessar
Sem medo de mentir
Que em você
Encontrei inspiração
Para escrever...
Você é pessoa que nem eu
Que sente amor
Mas não sabe muito bem
Como vai dizer...
Te dou o meu coração
Queria dar o mundo
Luar do meu sertão
Seguindo no trem azul...
Toda vez que for assoviar
A cor do trem
É da cor que alguém fizer
E você sonhar...
Não faz mal
Não ser compositor
Se o amor valeu
Eu empresto um verso meu
Prá você dizer...
Só me dará prazer
Se viajar contigo
Até nascer o sol
Seguindo no trem azul...
Te dou o meu coração
Queria dar o mundo
Luar do meu sertão
Seguindo no trem azul...
Vai lembrar
De um cara como eu
Que sente amor
Mas não sabe muito bem
Como vai dizer...
Só me dará prazer
Se viajar contigo
Até nascer o sol
Seguindo no trem azul
Uh! Uh! Uh!...
Te dou o meu coração
Queria dar o mundo
Luar do meu sertão
Seguindo no trem azul
Seguindo no trem azul...
Roupa Nova

Fúria de Titãs

Eric Clapton, Marcus Miller, David Sanborn, Joe Sample, Steve Gadd -"Snakes"

domingo, 26 de abril de 2015

Que Bandeira

Faz um ano, faz, que eu tenho muita paz
Quase um ano tem, e tudo muito bem
E se eu não voltar, não vá se preocupar
Todo mundo tem direito de mudar
Que bandeira que você deu
Que bandeira, não me entendeu
Caretice tua chorar
De maneira aqui pra brigar
Eu não voltei
E eu não voltei porque agora eu sei
Naquele papel eu parava no pinel
E se alguém disser que eu me desmontei
Sou dono de mim e faço o que quiser
Que bandeira que você deu
Que bandeira, não me entendeu
Caretice tua chorar
Caretice tua brigar
Sigo te querendo, te cantando, procurando uma desculpa,
Te querendo mais.
Vou te cantando, te querendo, procurando uma desculpa,
Te cantando mais.
Sigo procurando uma desculpa, te querendo, te cantando,
Te querendo mais
Vou procurando uma cantada, te querendo, me desculpe,
Te cantando mais
Tô sabendo de você
Tô sabendo, podes crer!
Faz um ano, faz, que eu tenho muita paz
Quase um ano tem, e tudo muito bem
E se eu não voltar, não vá se preocupar
Todo mundo tem direito de mudar
Que bandeira que você deu
Que bandeira, não me entendeu
Caretice tua chorar
De maneira aqui pra brigar...
Marcos Valle

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Do esperado da pena

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"Se eu não estou abalado, ó atenienses, com o que acaba de ocorrer, o de terem votado pela minha condenação, isso deve-se, entre outras razões, ao fato de não haver sido apanhado de surpresa. O que, no entanto, me causa mais estranheza é o grande número de votos favoráveis a mm, pois acreditava que seria condenado por muito mais votos, e não por tão poucos. Ao que me parece, com apenas mais trinta votos a meu favor teria sido absolvido. Portanto, penso haver escapado das mãos de Meleto, e não só haver escapado delas, mas, o que é bastante evidente, se Ânito e Lícon não tivessem vindo para me acusar, eu teria sido multado em mil dracmas por não haver conseguido um quinto dos votos."

"Algum de vós talvez pudesse contestar-me: "Em silêncio e quieto, ó Sócrates, não poderias viver após ter saído de Atenas?" Isso seria simplesmente impossível. Porque, se vos dissesse que significaria desobedecer ao deus e que, por conseguinte, não seria possível que eu vivesse em silêncio, não acreditaríeis e pensaríeis que estivesse sendo sarcástico. Se vos dissesse que esse é o maior bem para o homem, meditar todos os dias sobre a virtude e acerca dos outros assuntos que me ouvistes discutindo e analisando a meu respeito e dos demais, e que uma vida desprovida de tais análises não é digna de ser vivida, se vos dissesse isto, acreditar-me-iam menos ainda. Contudo, é isto que vos digo, ó atenienses, porém é difícil convencer-vos. Por outro lado, não estou habituado a considerar-me merecedor de mal algum. Se eu possuísse dinheiro, poderia ter-me aplicado uma multa que conseguisse pagar, porque, assim, não teria me infligido mal algum. Mas não possuo dinheiro e não posso fazer isso, exceto se desejeis multar-me de uma quantia que eu tenha a possibilidade de pagar. Poderei pagar-vos apenas uma mina de prata. Portanto, multo-me em uma mina de prata."

"Apologia de Sócrates" - Platão

sábado, 18 de abril de 2015

Foi no Mês que Vem

Vou te vi
Ali deserta de qualquer alguém
Penso, logo irei
Que seja antes minha que de outrem
Quando o vento fez do teu vestido
Um dom que Deus te deu
Claro que eu rirei
Ao vendo o que outro alguém não viu
Vou andei
E me chegando assim te cercarei
Digo, aqui tô eu
Que te amo e às tuas pernas quero bem
Já que estamos nós
Te sugeri-me então o que fazer
Claro que eu beijei
Ao tendo o que outro alguém não quis
E tudo isso
Foi no mês que vem
Foi quando eu chegar
Foi na hora em que eu te vi
E mais que tudo
Foi no mês que vem
Foi quando eu chegar
Na hora em que eu te quis
Vou fiquei
No teu chegado e tu chegada ao meu
Penso, grande é Deus
Um paraíso prum sujeito ateu
E pensando assim
Farei aquilo que o teu gosto quis
Claro, eu já ganhei de volta
Tudo o que eu quiser
E tudo isso
Foi no mês que vem
Foi quando eu chegar
Foi na hora em que eu te vi
E mais que tudo
Foi no mês que vem
Foi quando eu chegar
Na hora em que eu te quis
E tudo isso
Foi no mês que vem
Foi quando eu chegar
Foi na hora em que eu te vi
E mais que tudo
Foi no mês que vem
Foi quando eu chegar
Na hora em que eu te quis

Vitor Ramil

Eu Preciso Aprender A Ser Só

Ah, se eu te pudesse fazer entender
Sem teu amor eu não posso viver
E sem nós dois o que resta sou eu
Eu assim tão só
E eu preciso aprender a ser só
Poder dormir sem sentir teu calor
E ver que foi só um sonho e passou
Ah, o amor
Quando é demais ao findar leva a paz
Me entreguei sem pensar
Que a saudade existe e se vem
É tão triste, vê
Meus olhos choram a falta dos teus
Esses olhos que foram tão meus
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
Ah o amor
Quando é demais ao findar leva a paz
Me entreguei sem pensar
Que a saudade existe e se vem
É tão triste, vê
Meus olhos choram a falta dos teus
Esses olhos que foram tão meus
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
Marcos Valle

terça-feira, 7 de abril de 2015

Ocultos caminhos

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"...digo. Esta vida está cheia de ocultos caminhos. Se o senhor souber, sabe; não sabendo, não me entenderá." - JGR

sábado, 4 de abril de 2015

Não entendi, mas senti que era o fim

"Nada é tão fácil no início
Nem no percurso nem no fim
Nada é tão natural
Nada é tão trivial
Nem uma flor
Nem todo jardim"

Ná Ozzetti e Luiz Tatit - "Estopim"

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Queria a linguagem que se falava antes de Babel

"Eu não sei o que sou. Posso bem ser cristão de confissão sertanista, mas também pode ser que eu seja taoísta à maneira de Cordisburgo, ou um pagão crente à la Tolstói. No fundo, tudo isto não é importante. É um assunto poético e a poesia se origina da modificação de realidades linguísticas.Eu quero tudo: o mineiro, o brasileiro, o português, o latim, talvez até o esquimó e o tártaro. Queria a linguagem que se falava antes de Babel."

- João Guimarães Rosa, em entrevista a Günter Lorenz - "Dialogo com Guimarães Rosa".