É noite, menino, ladrão de cetelhas!
Não há mais noites, e dias já não há;
Dorme… esperando chegar a vez daquelas
Que diziam: Claro! e diziam: Quiçá!
Escutas os passos vindos para cá?…
Oh, seus pés têm asas… – o Amor usa delas!
É noite, menino, ladrão de centelhas!
Escutas vozes?… não, na cova surda hás
De dormir, sob perpétuas amarelas;
E dos teus amigos-da-onça não virá
Nenhum, jogar pedras em tuas donzelas…
É noite, menino, ladrão de centelhas!
Tristan Corbière
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