Então se levantou, veio de lá, mordia a boca de não chorar, para os outros o deixarem ficar no quarto. Estavam lavando o corpo do Dito, na bacia grande. Mãe segurava com jeito o pezinho machucado doente, como caso pudesse doer ainda no Dito, se o pé batesse na beira da bacia. O carinho da mão de Mãe segurando aquele pezinho do Dito era coisa mais forte neste mundo. - "Olha os cabelos bonitos dele, o narizinho..." - Mãe soluçava. - "Como o pobre meu filhinho era bonito..."
João Guimarães Rosa, em "Manuelzão e Miguilim"
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