sábado, 11 de dezembro de 2010

O Diabo é o Pai do Rock?

Ao comentar com uma aluna sobre o “Golpe de Estado”, resolvi procurar e mostrar para ela a grande “Noite de Balada”, música que ouvi e curti muito. Já comentei que o Golpe para mim foi e é uma das melhores bandas de Hard Rock deste país.
Procurando por algum vídeo desta música, fiquei surpreso ao descobrir que Catalau (grande vocalista e poeta do Rock Nacional) se converteu e agora é pastor de uma igreja evangélica no litoral de São Paulo! O mesmo já tinha aconteceu com o Rodolfo (ex-Raimundos). A propósito, a única semelhança entre Rodolfo e Catalau é esta viu!
Gostaria de deixar claro que acho importante Catalau ter deixado sua vida de drogas e loucuras para trás, afinal, o cara pegava pesado. Eu, devido a minha profissão, sei e já presenciei vários problemas que o vício trás e pode causar. Na minha opinião, se você quer viajar, ou vá na CVC ou ouça “Atom Heart Mother” do Pink Floyd!
Também não acho certo o que algumas pessoas dizem: “Ah, o cara aprontou a vida toda e agora vira crente, se arrepende, isto não é certo,etc, etc…”. Isto porque acredito que todos merecem e tem a chance de mudar de vida e se arrepender de seus pecados. E isso pode acontecer sem a pessoa se converter, ter ou mudar de religião!
Agora, critico o que parece ser um senso comum: Rock é do Diabo! Ou seja, roqueiro tem que ser drogado e uma pessoa com religião não pode gostar de Rock!?!? Poxa, eu já vi o Rock ajudar muita gente, inclusive este que vos escreve. Em muitos momentos da minha vida (felicidade, tristeza, dúvida, solidão, paixão) eu procurei uma música certa que me ajudasse direta ou indiretamente. Já postei o que aconteceu com uma antiga banda  que mantinha com alguns amigos: fomos proibidos de tocar porque Rock era música do demo!
Em um documentário do Iron Maiden se não me engano o empresário da banda comenta que quando o Iron lançou “The Number Of The Beast” a banda foi perseguida e vários discos foram queimados. Bruce Dickson afirma que eles não adoravam e nem adoram Satã. Simplesmente fizeram uma letra sobre o assunto. Falando em Iron Maiden, fui em um show do Metallica (na turnê do lançamento do “Black Album” e um policial me questionou várias vezes se eu portava drogas, afinal, “a galerinha que ouvia aquele tipo de música gostava de um baseado”! Será que alguém ja fez uma pesquisa que relacione o tráfico e o consumo de entorpecentes com o gênero músical mais apreciado? Aposto que teríamos uma grande surpresa!
Resumindo: Você pode ser músico, roqueiro, jazzista, bluseiro, sambista, ou seja lá o que for sem precisar ser um drogado ou louco. E ao mesmo tempo, se você quiser, você pode ter uma religião que vá ao encontro do que você acredita. Inclusive para alguns o Rock é uma religião! Então meu caro Catalau, continue pregando aos seus fiéis, continue livre das drogas e do que fazia mal para você. Mas, eu gostaria de lhe ver novamente cantando, tocando e fazendo poesia para nós, amantes do bom e velho Rock`n Roll. Que tal? Afinal, você tem fiéis de bom coração  na sua igreja, mas também existem muitos roqueiros de bom coração que estão neste momento ouvindo um bom disco do Led Zeppelin! Uma coisa não exclui a outra.
Ah, eu tOambém acredito que é possível não ter uma religião e ser uma pessoa boa, honesta e digna!

2 comentários:

Anônimo disse...

Apesar de ter uma religião que não é a favor do Rock eu gosto de Rock e concordo com tudo o que voocê disse. *-*

Tatiane disse...

Pois é, estranham quando eu conto que sou Cristã e gosto de Rock. HSUASHUA, fazer o que '-'