Me arrependo profundamente de nunca ter assistido a um show deste que foi um dos maiores violonistas de todos os tempos. Dono de uma técnica invejável e de um bom gosto refinadíssimo Baden foi dos compositores mais expressivos de nossa música brasileira. Caminhando com naturalidade entre o erudito e o popular, com uma grande influência da música afro-brasileira, os discos de Baden são surpreendentes.
Baden teve seu primeiro contato com o violão aos 8 anos de idade (presente de uma tia). Trabalhou como músico de orquestra na Radio Nacional. Tocando na noite em Copacabana, conheceu um rapaz chamado Antônio Carlos Jobim. Na década de 60, Vinícius de Moraes foi assistir a um show de Powell:
“O Vinicius chegou me mostrando uma letra que ele disse ter feito para a toccata 147 de Bach, Jesus Alegria dos Homens, e cantarolou: - Entre as prendas com que a natureza… Aí eu pensei que ele era maluco, hahaha!” – Baden Powell
Em 1969, Banden vence a I Bienal do Samba com a música “Lapinha”, composta em conjunto com Paulo Cesar Pinheiro. Por sinal essa parceria rendeu grandes composições para a nossa MPB. Baden gravou mais de 70 discos e recebeu diversos prêmios por sua obra.
Um fato interessante: O filho de Baden (Philippe Baden Powell) é outro ótimo violonista (esse eu já vi tocando ao vivo!). Philippe conta que encontrou um vinil (não sabe o que é, pergunta pro papai ou pra mamãe!) com uma dedicatória de Elis Regina para Baden. A dedicatória dizia: “Badeco, por tudo que eu não saberia dizer”.
Ah, sabe qual era o vinil? “Sketches of Spain” de Miles Davis. Uau!
Baden Powell ao vivo em Paris – Ei, fecha a boca!! :-D
Nenhum comentário:
Postar um comentário